Você Sabia o que é o janeiro branco?

A inspiração veio do Outubro Rosa, campanha de prevenção ao câncer de mama. Da mesma maneira o Janeiro Branco, surge para conscientizar e propagar a importância do cuidado com à Saúde Mental. Começou em 2014 através de psicólogos e psicólogas da cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Em seu primeiro ano foram realizadas atividades como palestras, rodas de conversas e outras ações pontuais e rápidas, que eram realizadas por profissionais e estudantes de psicologia. A partir de 2016 teve maior alcance devido as redes sociais ajudarem na divulgação da campanha.

Por que o Janeiro Branco é necessário?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a saúde é definida por um estado de bem estar biopsicossocial, ou seja, biologicamente,psicologicamente e socialmente os indivíduos devem gozar de bem estar. Esse conceito leva a compreendermos com uma visão holística a saúde, não ficando mais presos apenas ao sentido de não doença.

O século XXI trouxe consigo um alto índice de suicídios, depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtornos alimentares e do sono, além de outros tipos de sofrimento mental por todo o mundo. Estas doenças vem se estabelecendo como as principais doenças do novo século. Como nunca se viu antes na história da humanidade as pessoas tem optado pelo suicídio cada. Além do mercado farmacológico crescer fortemente com mais pessoas ficando dependentes químicas e psicológicas dos fármacos.

Essas problemáticas apontam para uma necessidade maior de se debater, promover e cuidar da saúde mental, haja vista, que instabilidade mental compromete o sujeito de maneira global, podendo ser um incapacitador permanente do indivíduo acometido pelo sofrimento mental. Assim, podemos ver que o conceito de saúde da OMS e o novo contexto de adoecimento social leva a fundamentar a importância de uma data como o Janeiro Branco.

O por quê de ser em janeiro e da cor branca?

Como bem sabemos o mês de janeiro está ligado ao começo de um novo ciclo de vida, analisamos nossos feitos, acertos e erros no ano que passou, fazemos promessas e planos diversos para uma nova caminhada e esperamos cumprir tais mudanças. Um mês que pode ser visto como terapêutico, catártico e com cheio de esperanças. Sendo assim a campanha visa motivar e mostrar, que esse comprometimento pode sim ser real, que podemos construir novos caminhos e buscar edificar uma vida mais saudável e feliz.

A cor branca é o resultado da somatória de todas as outras cores, sendo assim, podemos dizer que ela é o começo e também o fim de todas as cores. Da mesma forma podemos também correlacionar a cor branca com uma folha de papel onde ainda não foi nada escrito e novos projetos e histórias podem ser escritos.

• […] a criatividade do espírito humano – independentemente de credos, etnias, orientações sexuais, identidades de gênero, condição social ou faixa etária -, nos ensinou, ao longo dos tempos, que a pluralidade do humano significa a pluralidade dos projetos de vida, de perspectivas de vida, de sentidos de vida e de objetivos na vida. Ou seja: a pluralidade doas possibilidades de felicidade nas vidas das pessoas (JANEIRO BRANCO, 2016).

Entende-se assim, que o branco simboliza muito mais do que a esperança em si, mas também o sentido de um recomeço, uma nova história construída a partir de uma “folha em branco”.

Quem faz e como faz?

O Janeiro Branco é uma campanha que evolve todas as áreas profissionais, pois todos nós independentemente de qual setor do saber possamos pertencer, precisamos zelar por nossa saúde mental. Partindo disto podemos dizer então que psicólogos, professores, estudantes, advogados, engenheiros, médicos psiquiatras ou não, enfermeiros, fisioterapeutas e qualquer outro profissional. Os programas, atividades e intervenções podem e devem ter a participação da maior diversidade possível, fazendo assim que a consciência do cuidado com a saúde mental seja amplamente divulgada e trabalhada.

O foco principal do Janeiro Branco é promover a conscientização da necessidade do cuidado com a saúde mental. Partindo deste princípio pode então se realizar diferentes intervenções com o público. Os ambientes que podem ser usados para tais intervenções são os mais diversos, como por exemplo escolas, empresas, universidades e espaços públicos. Como métodos interventivos pode se utilizar de palestras, mini cursos, rodas de conversa, escutas e dinâmicas.

O foco de tais atividades devem convergir com a desmistificação dos sofrimentos mentais como a depressão, luto, ansiedade entre outros. Trabalhar de forma clara com linguagem simples e direta para melhor compreensão do público. Deve ser exposto como procurar ajuda, que é normal passarmos por processos angustiantes em nossa existência e que além de não ser fraqueza, procurar ajuda é vital para uma vida melhor, tanto interpessoal como intrapessoal.

Conclusão

Por fim, conclui-se que o advento da criação do Janeiro Branco foi de extrema importância para quebrar tabus sobre a saúde mental, esclarecer de maneira concisa os diferentes tipos de adoecimentos mentais e que a busca por ajuda é necessária e vital para busca de novos horizontes. Recomeçar é preciso em diversos momentos de nossa vida, transpassar as dificuldades é edificante, porém sem uma ajuda, sem uma mão amiga de um profissional o caminho pode parecer impossível.

Não deixe de fazer sua parte no Janeiro Branco!

Vídeo sobre o Janeiro Branco

Referências:

SILVA, G. V. Janeiro Branco – Renascimento do que há de melhor em nós. São Paulo: Estilo de Vida Saudável, S/a. Disponível em: http://www.saude.br/index.php/articles/123-artigos-antigos/460-janeiro-branco-renascimento-do-que-ha-de-melhor-em-nos. Acessado em: 12, jan. 2020.

JANEIRO BRANCO. Campanha Janeiro Branco: por que “Janeiro” e por que a cor “branca”?. Uberlândia, Minas Gerais: Janeiro Branco, 06, dez. 2016. Disponível em: https://janeirobranco.com.br/campanha-janeiro-branco-por-que-janeiro-e-por-que-a-cor-branca/. Acessado em: 06. jan. 2020.

________________________________________

Atendimento presencial e online: 👇🏽

________________________________________

Joseb S. Roque

Psicólogo Clínico e Social - CRP-13/9254

(83) 9 9349-2500

________________________________________